13 outubro 2018

Resenha #152 - A sorte do agora

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Bartholomew Neil passou todos os seus quase 40 anos morando com a mãe. Depois que ela fica doente e morre, ele não faz ideia de como viver sozinho. Wendy, sua conselheira de luto, diz que Bartholomew precisa abandonar o ninho e fazer amigos. Mas como um homem que ficou a vida toda ao lado da mãe pode aprender a voar sozinho? Bartholomew então descobre uma carta de Richard Gere na gaveta de calcinhas da mãe e acredita ter encontrado uma pista de por quê, afinal, em seus últimos dias a mãe o chamava de Richard... Só pode haver alguma conexão cósmica! Convencido de que Richard Gere vai ajudá-lo, Bartholomew começa essa nova vida sozinho escrevendo uma série de cartas altamente íntimas para o ator. De Jung a Dalai Lama, de filosofia a fé, de abdução alienígena a telepatia com gatos, tudo é explorado nessas cartas que não só expõem a alma de Bartholomew, como, acima de tudo, revelam sua tentativa dolorosamente sincera de se integrar à sociedade. Original, arrebatador e espirituoso, A sorte do agora é escrito com a mesma inteligência e sensibilidade de O lado bom da vida. Uma história inspiradora que fará o leitor refletir sobre o poder da bondade e do amor

Comecei ler A sorte do agora sem grandes expectativas e acredito que esse tenha sido o segredo para apreciar a leitura. O livro é bem escrito, tem personagens cativantes, mas eu levei um bom tempo pra conseguir me prender a história e ler rapidamente. Ficava lendo picado, meio arrastado, como se não estivesse fluindo, mas depois que as coisas começam a acontecer efetivamente, a leitura se torna rápida e muito gostosa.
Vamos lá. Bartholomew tem quase 40 anos e viveu a vida toda cuidando de sua mãe. Quando ela morre por conta de um câncer, ele fica sem saber o que fazer de sua vida. Sua conselheira, Wendy, passa a ajudá-lo a definir metas pequenas para sua vida, o que vai ajudando o rapaz a descobrir o que fazer. O padre McNamee abdica de ser padre e se muda para a casa de Bartholomew. Tudo isso parece muito confuso.
Descobrimos que, nos últimos dias de vida da mãe de Bortholomew, ela o chamava de Richard e, arrumando as gavetas da mãe, nosso protagonista encontrou uma carto do ator Richard Gere que sua mãe recebeu guardada com muito carinho, logo ele deduziu que sua mãe passou a crer que ele era Richard Gere. Então, o livro todo é contado com as cartas que Bartholomew envia para Richard Gere. Eu achei essa forma de narração uma ótima sacada, ainda mais para uma história tão delicada e com assuntos tão pertinentes.
"Ela sempre quis mais. Queria o conto de fadas, mas, em vez disso, teve câncer no cérebro, mesmo tendo sido uma boa mulher que nunca fez nada de errado nem mal a ninguém."
Quando decidi ler esse livro, eu ia ler outro do autor, O lado bom da vida, mas como eu já tinha visto o filme, pensei em ler algum que eu não teria ideia do que seria. Eu me surpreendi com uma história simples e delicada, com personagens únicos, cheios de problemas e qualidades. Que são meigos, fortes, determinados e amedrontados. É possível fazer incríveis comparações com a nossa vida lendo esse livro.
Eu ainda não sei bem o que pensar sobre Padre McNamee. Eu achei ele um personagem incrível, mas ele sendo pessoa, no mundo real, não sei se concordo com ao menos metade das ações dele. Mas eu também não concordo com muita coisa que eu faço, com pessoas a meu redor... Enfim. Ele é uma pessoa falha, isso é fato, mas ele também é um ser de luz, cheio de bondade em seu coração.
"As pessoas sofrem por diversos motivos. É melhor não comparar nem tentar medir."
Wendy indica um outro conselheiro para Bartholomew e é com esse conselheiro que ele conhece Max, um rapaz que vem sendo atormentado pela perda de sua gatinha, que fala muitos palavrões e vai ajudar nosso protagonista a conseguir realizar suas duas metas de forma direta e indireta. Ele é irmão da Elizabeth, ou Meninatecária, como Bartholomew a chama antes de ser apresentado a moça. O que posso dizer sobre esses dois é que eles serão pontos chave pra que a história flua. Depois que eles apareceram e passaram a se fazer presentes foi que eu consegui engatar na história.
Acho que já falei, mas é um livro muito lindo e muito delicado. A forma como ele fala sobre questões tão importantes torna ele uma leitura envolvente, dramática e linda. Recomendo.

Ficha Técnica...

Título: A sorte do agora
Título original: The Good Luck of Right Now
Autor Matthew Quick
Editora Intrínseca
Ano 2015
244 páginas
Nota: 4
Nota no Skoob: 3.7

Quote escolhida para o projeto Poteando Quotes







Concluindo: Sinceramente não sei se retornaria a ler esse livro, mas gostei muito de ter lido ele. Eu chorei tanto na reta final dele. O envolvimento emocional que Max tem com gatos me tocou muito. Eu amo gatos e ver a conexão do rapaz com os felinos foi bem intenso. Enfim, um livro muito bom que recomendo para quem gosta de leituras dramáticas.



4 comentários:

  1. Oi Lary, tudo bem?
    Ainda não conhecia esse, curti a sua resenha, fiquei bem interessado em coferir
    Blog Entrelinhas

    ResponderExcluir
  2. A melhor coisa a se fazer é ler o livro sem grandes expectativas.
    Isso faz com que a leitura flua mais e a gente goste mais ainda.

    Tenha uma ótima noite!

    Abraços,
    Naty
    http://www.revelandosentimentos.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O meu maior problema na vida é que crio muitas expectativas com tudo.
      Abraço

      Excluir

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