10 maio 2015

Meu primeiro dia das mães entendendo minha mãe

|| ||
Sabe quando sua mãe te fala: "Você só vai me entender quando tiver seus filhos."? Então, descobri que ela tem razão. Eu me considero uma boa filha. Tirando um período de tempo sombrio que prefiro não mencionar, acredito que fui motivo de muito orgulho para meus pais. Assim sendo, sempre tive uma amizade bacana com minha mãe e sempre soube que ela me ama. Eu achava que entendia todo o amor dela por mim. Mero engano.
Mamãe Neinha
Descobri que a gente só entende mesmo amor de mãe e pai quando temos nossos filhos. Hoje, com o Miguelzinho em meus braços, ainda não sei explicar como é possível amarmos tanto uma pessoinha tão pequena e que quando novinho (que é o caso dele) não tem como expressar o que sente. No primeiro trimestre de vida do bebê, vivemos uma relação unilateral. O bebê ainda não intende, não brinca, não abraça. Nos doamos dia e noite e não recebemos nem um beijinho me troca. Acreditem em mim, não estou reclamando de forma alguma. Ser mãe é a melhor coisa sobre mim, mas pensem comigo: vocês (que não tem filhos) seriam capazes de se doar assim para alguém e essa pessoa nem sorrir para você? Você se doa sem horário, passa a ter noites mal dormidas, aprende a comer até em pé, ler no escuro, tomar banho em 3 minutos ou menos... 
Vovó Noêmia
Enfim. O que eu quero dizer com isso é que eu estava muito enganada. Hoje eu entendo o amor que minha mãe sente por mim e pela minha irmã, mas eu não fazia ideia de que podia existir algo assim tão forte. Então a única coisa que posso dizer hoje e todos os dias da minha vida é: "Obrigada, dona Claudineia, por me amar tanto e por fazer parte de minha vida. Hoje eu sei que nunca vou conseguir te amar da forma como me ama, mas eu te amo de todo o meu coração."
Vovó Araci e Vovô Ademar
Queria lembrar a vocês também que dar a luz a uma criança é fácil, ser mãe já é outra coisa. Eu tive uma mãe muito presente em minha vida, mas também tive uma avó/madrinha tão presente quanto. Minha outra avó também sempre esteve presente em minha vida, mas por ter uma infinidade de netos (hoje somos em 19) acabava ficando meio difícil dedicar atenção a alguém mais do que a outro. Então acaba que essas minhas avós também são meio que mães minhas. Aprendi coisas maravilhosas com elas. Com a vó Araci aprendi que a vida pode ser doce, que quando amamos alguém, amamos essa pessoa do jeitinho que ela é. Aprendi que a pessoa que menos demonstra precisar de amor é a que mais precisa. A vó Noêmia me ensinou a ser forte. Viúva, com onze filhos para criar (um de meus tios nem chegou a conhecer o pai), ela me mostrou que toda mulher é uma guerreira.
Mainha Ioio
Depois de passar pelo período sombrio que não quero falar, ganhei uma mainha. Essa minha mainha é minha sogra que me acolheu como sua filha. Eu já conhecia a Ioio porque ela tinha dado aulas para mim durante o ensino fundamental, o que facilitou bastante em nossa relação, já que ela conhecia minha personalidade e eu a dela. A considero uma segunda mãe, mesmo hoje já não morando mais com ela. A Ioio foi importantíssima para que eu me reerguesse, voltasse a acreditar em mim e a pôr meus desejos em prática. Obrigada.
Apresento a vocês o mô
A todas as minhas mães e a todas as mães que estão lendo e futuras mamães, deixo o meu desejo de felicidades. Estou adorando ser mãe e, finalmente, comemorar esse dia é algo maravilhoso. Não tenho palavras para expressar o que sinto quando olho para meu pequeno. Todas as fotos incluem o Miguelzinho porque ele é o motivo de eu estar comemorando esse dia. Desculpem eu ter falado de mais sobre coisas sem sentido, mas é que a maternidade é meio assim: uma confusão de sentimentos. Não deixem de abraçar sua mãe hoje, dizer que a ama e agradecer por tudo o que ela já fez e faz por ti. Mãe, queria muito poder te abraçar e te beijar hoje, mas a distância nos impede, mas saiba que eu te amo muito mesmo e sou eternamente grata por ter me dado o dom da vida e ter me ensinado tudo sobre ela.
Um grande beijo e até a próxima. Com carinho, Lary Zorzenone.

4 comentários:

  1. Lary, que lindo! Eu amei o seu texto ficou perfeito! Seu filho é a coisa mais linda do mundo, e Miguel é um nome muito bonito! Quase chorei, hoje eu estou meio sensível haha' Adorei, e concordo com você, acho que você só entende esse amor quando você é mãe, ainda estou muito nova, e nem um irmão ou uma irmã mais nova tive, mas faço uma ideia do quanto deve ser complicado ser mãe. Adorei o texto, e feliz dia das mães minha linda! Bjos :**

    http://www.mar-de-ideias.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom que gostou. coloquei todo meu sentimento nesse texto. Miguel é um nome muito forte e tem muito significado pra mim. Ser mãe é maravilho, mas é o lance de matar um leão por dia.
      Beijos e obrigada

      Excluir
  2. Lindo. é bem assim mesmo.
    Feliz dia das mães =)

    ResponderExcluir

Quer conversar comigo? Me mande um e-mail: vidasempretoebrancocontato@gmail.com
♥ Chegou até aqui, não custa comentar ;)
♥ Se deixar o seu link clicável, eu vou retribuir seu comentário, pode ter certeza, da mesma forma que não deixar o link pode resultar em falta de retribuição;
♥ Se o seu comentário for: Adorei seu blog. Retribui? A resposta é NÃO;
♥ Não faça spam. Apagarei com certeza.
♥ Se tiver alguma dica, crítica ou o que for, pode deixá-la aqui, mas faça com jeitinho, sou sensível.
♥ Para saber o que respondi, ative a caixa de notificações de próximos comentários.
Cada comentário me deixa muito feliz.
Beijos de brigadeiro

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
© Vidas em Preto e Branco - 2015. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer conteúdo do blog.
Criado por: Marcy Moraes.
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo